Por meio das simbologias e expressões das diferentes tradições religiosas, a ação reuniu representantes de todos os segmentos religiosos. Uma Carta de Intenções, escrita a várias mãos, foi lida pelos representantes de cada religião. Além da abertura do encontro, coube ao MUDA a leitura do trecho que descrevia a importância da união dos homens para lançar a semente do amor, nos quatro cantos do planeta. O documento foi formulado pelos membros da Cúpula, desde a ECO 92. Aprimorado neste evento, foi divulgado oficialmente nesse dia.
Os umbandistas marcaram presença durante o Rio +20. A proposta principal do MUDA foi mostrar os cuidados que os religiosos devem ter com o meio ambiente. Foram duas semanas de convivência e participação junto a instituições religiosas e civis, na construção de ideias, debates e documentos que traduziram as expectativas e reivindicações que envolveram questões como meio ambiente, defesa da preservação da natureza, dos direitos humanos, culturais e religiosos.
Para o presidente do MUDA e dirigente da Tenda Espírita Caboclo Flecheiro da Cobra Coral (TECAF), Marco Xavier, o convite para ser o representante da Umbanda significou uma oportunidade para expressar a religião genuinamente brasileira, defensora da natureza, que comunga com Deus através de práticas religiosas que respeitam os seres vivos e não agridem o meio ambiente.
“Se a natureza for destruída, perderemos nossa força e acabaremos extintos, assim como toda a população do planeta. Salientamos a necessidade de revermos as nossas práticas, sem codificar a Umbanda. Sugerimos que cada terreiro faça sua parte de acordo com a orientação de seus mentores espirituais, respeitando a identidade de cada casa, sem querer formatar suas ritualísticas. Procuramos exemplificar neste encontro global todas as atitudes que o MUDA vem tomando para este aprimoramento”, concluiu o sacerdote.
Rose de Figueiredo é jornalista, médium da Tenda Umbandista Caboclo Flecheiro (TECAF)